Rio de Janeiro Cidade Maravilhosa

Deus te Abençõe



sábado, 24 de julho de 2010


Os compromissos que os candidatos deveriam assumir

O jornalista e leitor do site José Carlos Salvagni detalha uma proposta concreta para os presidenciáveis, centrada no combate à corrupção e no controle das grandes obras públicas. E para você? O que devemos exigir dos candidatos?

Que compromissos fundamentais todos os candidatos à Presidência deveriam assumir? O Congresso em Foco abre com você essa discussão
Sylvio Costa

O Congresso em Foco adverte: isto não é uma matéria. É o ensaio para uma espécie de exercício prático de democracia. Não sabemos muito bem aonde ele poderá nos levar, mas, com certeza, não há possibilidade de efeitos colaterais nefastos ou de qualquer dano à sua saúde.

Tudo começou na página do Congresso em Foco no Facebook, ela própria um aprendizado que iniciamos há menos de três meses.

Dia desses, vários de nossos amigos no Facebook comentavam o trabalho desenvolvido por este site para abrir corações e mentes em relação à necessidade de vigilância sobre o Congresso Nacional e as autoridades públicas em geral quando José Carlos Salvagni perguntou: “Será que o Congresso em Foco nos ajuda a criar algum tipo de compromisso que os candidatos assumam publicamente, de legislar para que público e privado sejam efetivamente separados de alto a baixo no país, começando pela propaganda?”.

Em seguida, José Carlos lembrou que os próximos anos reservam “pelo menos três enormes janelas de oportunidades de corrupção gigantesca à frente: o pré-sal, a Copa do Mundo e as Olimpíadas”. E se prontificou a submeter aos demais interessados (a começar pelas pessoas que participavam do animado papo digital) um “texto para discussão”, a ser aprimorado por quem quiser meter a colher no assunto.

Lógico que topamos. E aqui está o texto proposto por José Carlos Salvagni.

José Carlos sugere que os candidatos a presidente da República assumam compromissos bastante concretos em relação a três temas: corrupção e desperdício de recursos públicos, gestão de grandes obras e resgate do papel fiscalizador do Poder Legislativo.

Falta agora você entrar na história. Você pode fazer isso de três maneiras: remendando o texto dele no Etherpad, comentando o que quiser aqui mesmo no site ou enviando novos textos pra gente pelo e-mail congressoemfoco@congressoemfoco.com.br. No assunto, basta pôr: compromissos candidatos. Só não dar, amiga e amigo, pra não fazer nada. Da mesma maneira que não teríamos a Lei da Ficha Limpa sem mobilização popular, são remotas as chances de os candidatos – a presidente, a governador, a senador ou a deputado – corresponderem às expectativas do eleitorado se este não disser claramente o que espera daqueles que se elegerão em outubro.

Antes de ir lá conferir o texto do José Carlos Salvagni, um rápido perfil dele. Gaúcho residente em São Bernardo do Campo (SP), ele é jornalista, formado em 1976 pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp). Trabalhou em grandes redações, como as dos jornais O Globo e DCI. Assessorou diversas instituições – entre as quais, o governo do estado de São Paulo, a Prefeitura de São Bernardo e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SP.

Sem jamais ter pertencido a partidos políticos, em diversas oportunidades deu sua cota de contribuição cívica ao país. A mais marcante ocorreu em 1984, quando propôs e fez a caminhada pelas diretas-já de São Paulo a Brasília. Na sua companhia, estava Mário Carvalho de Jesus (falecido em 1995), líder da esquerda católica, do Movimento Justiça e Não-Violência e advogado trabalhista que ajudou a criar vários sindicatos operários. Um deles, dos metalúrgicos de São Bernardo, no qual Lula projetou-se publicamente e iniciou a trajetória que o levaria ao Palácio do Planalto.

Cai em 18% o número de jovens eleitores no Brasil


Mário Coelho

O número de jovens eleitores - entre 16 e 17 anos e que não são obrigados a votar - caiu 18% de 2008 e 2010. Segundo balanço do eleitorado apresentado nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eles representam 1,761% do total de eleitores habilitados a escolher candidatos nas eleições de outubro. Este é o menor percentual da jovens inscritos nas últimas três eleições. "Não há como determinar o que levou à queda. Isso demandaria um estudo. Mas há uma tendência das campanhas de esclarecimento de haver números maiores na faixa jovem", disse o assessor chefe da Corregedoria Eleitoral, Sérgio Cardoso.

Ao comparar os dados de 2006 e 2010, a queda foi menor, de 6,8%. Na última eleição presidencial, apresentaram-se para votar 2.566.391 jovens entre 16 e 17 anos. No ano seguinte, o número cresceu, passando para 2.923.591. Já neste ano, os inscritos chegaram a 2.391.352. No Brasil, o voto nesta faixa etária é opcional, tornando-se obrigatório somente a partir dos 18 anos.

Porém, os números apontam que o eleitorado brasileiro cresceu 7,8% entre a última eleição presidencial, há quatro anos, e 2010. Segundo o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, 135.804.433 pessoas estão habilitadas a exercer o direito do voto em outubro. "O eleitor se concentra na faixa de 25 a 34 anos e é do sexo feminino", afirmou o secretário de Tecnologia do TSE, Giuseppe Dutra Janino, ao dar uma noção do perfil do eleitorado do país. Segundo a corte eleitoral, não é possível dar mais detalhes, já que dados como escolaridade não são confiáveis. "Não existe a obrigação do eleitor em apresentar nível de escolaridade quando faz o primeiro título e nem de atualizá-lo", disse Cardoso.

Os números iniciais foram apresentados por Lewandowski. Segundo o ministro, o crescimento do eleitorado se mantém na faixa dos 4% nas últimas eleições. Em 2005, eram aproximadamente 125 milhões de pessoas, enquanto há dois anos chegou a 130 milhões. Como nos pleitos recentes, a maior parte dos eleitores são mulheres, que representam 51,8%. Os 48,2% são de homens. São Paulo continua como o maior colégio eleitoral do país, concentrando 23,3% do total. O estado é seguido por Minas Gerais (10,6%), Rio de Janeiro (8,5%) e Bahia (7%).

Argumentando ter outros compromissos, o presidente do TSE saiu da coletiva e deixou dois secretários para divulgar o restante dos dados e responder eventuais perguntas. De acordo com o secretário de Tecnologia, das 27 unidades da federação, somente Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima possuem percentual maior de homens votando. Proporcionalmente, o Distrito Federal tem o maior número de mulheres. Elas respondem por 53,625%% dos eleitores brasilienses. O valor absoluto pertence a São Paulo, com 15,7 milhões de eleitoras.