Rio não tem onde internar usuários de crack recolhidos
nas ruas
Foram necessárias apenas duas horas para o canteiro
de obras da Transcarioca na Avenida Brasil, na altura do Parque União, ficar
lotado de usuários de crack novamente, após agentes da prefeitura terem
recolhido, ontem de manhã, 58 dependentes químicos no local. Desde a ocupação
de Manguinhos e Jacarezinho, no domingo, eles migram pela cidade. E, mesmo se
quisessem se internar para se livrar do vício, não poderiam. As duas clínicas
conveniadas com o estado do Rio para internar usuários estão de portas
fechadas.
Desde o dia 19 de agosto, as unidades, que
ofereciam 180 vagas para tratamento, estão sem contrato com a Secretaria
estadual de Assistência Social. A denúncia foi publicada ontem no site da
revista “Veja”. Além de não aceitarem novas internações, as clínicas deram alta
a boa parte dos dependentes que estavam em tratamento.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOFED7sIR6ySqL4WrOrpj1y0FTi67_xdeT0hmKB5bzM3byDdWFcmo70S4k94-jG5-3o4JSNop6K2xxenxhpT5jZIYCFAs6gQlnr8VVsyUOj4dtl5HbViYJUUjOF6Na6_Nommh9f5XmE5dp/s1600/crac1.jpg)
Os usuários recolhidos nas ruas podem conseguir
atendimento ambulatorial nos Centros de Atenção Psicossocial, unidades da rede
municipal. Mas, segundo a assessoria da Secretaria municipal de Saúde, casos
que precisam de internação são encaminhados às clínicas conveniadas ao estado.
Atualmente, nenhuma.
De acordo com o psiquiatra Jorge Jaber, em função
do alto índice de recaídas, o tratamento preconizado a usuários de crack prevê
internação prolongada.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw0Db6HiTKtBSeVeVG2VVytFIBJu8K0H_MGK05s6jqBSKZdf49oQ-9L_ThRknWR9Z-l5-Q_JQNrH5tAqD7UJpPtyKnAw7Ttg_wYqhzdVof_9zXGoVPe-gXUokf57RwYNWqpxiNQX-rc13h/s1600/crack_sergiomoraes_reuters.jpg)
Afirma
ainda o texto: “o novo convênio já estava tramitando neste período e agora
estamos aguardando a finalização deste processo, pois, sem isso, a SEASDH fica
legalmente impossibilitada de repassar novos recursos para as instituições”. A
nota ressalta que “as instituições já foram notificadas e informaram que estão
providenciando a documentação que visa dar cumprimento a essas exigências”. A
secretaria afirma que as atividades serão retomadas tão logo essas exigências
sejam cumpridas.
“Operação enxugar gelo”
Em quatro dias de operações após a ocupação
policial nas favelas do Jacarezinho e Manguinhos, na Zona Norte, 282 pessoas
foram abrigadas e 134 voltaram às ruas — um índice de 47,5% de evasão. O efeito
colateral da ocupação é o aumento do número de dependentes químicos no Parque
União, amontoados no canteiro de obras.
Ontem à tarde, centenas de usuários de crack usavam
a droga em plena luz do dia. Na Avenida dos Democráticos, em Manguinhos, ainda
havia um grupo de usuários usando crack, à tarde. Eles consumiam a droga numa
praça. A menos de 50 metros dali, havia quatro carros do 22º BPM (Maré).
O trabalho da Comlurb removeu cerca de 40 toneladas
de resíduos, apenas ontem, em Manguinhos e no Jacarezinho. Desde o início da
ação, no último domingo, foram contabilizadas 340 toneladas removidas.
Policiais militares do Batalhão de Choque prenderam
um homem e apreenderam drogas, ontem, em Manguinhos. Wellington Alves de
Almeida, de 24 anos, estava na Mandela II quando foi encontrado pelos PMs.
Contra ele, havia dois mandados de prisão. Também na Mandela, foram encontrados
192 sacolés de maconha e 67 trouxinhas da mesma droga.
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Abraços e Fiquem Todos na Paz de Cristo
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