Desapropriação de Manguinhos é precipitada dizem
técnico e político
"A construção de empreendimento imobiliário não pode ser feita de forma intempestiva”
"A construção de empreendimento imobiliário não pode ser feita de forma intempestiva”
A decisão do governador Sérgio Cabral, de construir um bairro popular na área da Refinaria de Manguinhos parece ter sido precipitada. O anuncio foi feito antes da realização de estudos técnicos de viabilidade do projeto, apesar de se tratar de um terreno altamente contaminado.
“Acho que o caminho deveria ser inverso. Primeiro
você faz todos os estudos de viabilidade para depois decidir sobre a
desapropriação”, avalia o deputado Estadual, Luiz Paulo Corrêa. O
secretário do Ambiente, Carlos Minc, já admitiu que a descontaminação da área
deve demorar cerca de cinco anos, além de custar até R$ 200 milhões.
Localizada à margem da Avenida Brasil, na Zona
Norte do Rio, a Refinaria de Manguinhos foi erguida em 1954 sobre uma área de
mangue. O engenheiro químico e professor da UERJ, Gandhi Giordano, lembra que a
despreocupação com o meio ambiente, à época de sua inauguração, deve ter
agravado o quadro de contaminação do terreno.
Sucata
Nesta quinta-feira, o governador Sérgio Cabral
reafirmou que aquela área é um ‘ponto estratégico’ do ponto de vista
urbanístico e classificou a refinaria como uma “sucata”.
"O conceito é de recuperação de uma área
densamente urbana, densamente povoada. Com uma sucata no meio oferecendo riscos
ambientais e não pagando impostos"
Cabral indicou que descontará os custos de
remediação do valor a ser pago pela desapropriação: "Ainda que custe 100,
200 milhões, vale a pena. Só de impostos eles devem mais de R$ 600
milhões".
A proposta do governo é de revitalizar a região,
retomando indústrias e desapropriando terrenos para a construção de 9 mil
moradias, parques e áreas de lazer.
A desapropriação da refinaria foi publicada na
terça-feira no Diário Oficial do Estado. De Segundo Cabral, a refinaria
funciona apenas como depósito de etanol e, de acordo com a secretaria de
Fazenda do Estado, tem arrecadação irrisória.
"Processo caro e duradouro"
Segundo Giordano, “antigamente não existia critério
ambiental. O fundo do terreno é muito contaminado, eles mesmo usavam para
depositarem resíduos como uma espécie de aterro. Você tem ali o solo original e
em cima um solo compactado que é o aterro. Então é possível que os
contaminantes tenham ficado contidos ali. É complicada a descontaminação”.
Para o professor, há uma contradição na proposta
inicial do governador Sérgio Cabral de construir um conjunto residencial. Como
lembra, a ideia da moradia popular é oferecer uma residência digna aos
moradores, através da construção de casas de qualidade e com baixo custo. O
engenheiro considera esse tipo de projeto inviável por conta do alto custo da
descontaminação do solo. “É um processo caro e duradouro. A construção ali me
parece muito precipitada, não sei se é viável para uma construção popular”,
explica.
Gandhi lembra que ainda não foi feita uma análise
adequada e que este tipo de levantamento é demorado: “Tem que fazer poços,
coletar amostras em várias profundidades, determinar os contaminantes e como
eles estão migrando no solo”. E alerta para o risco de uma remediação
inadequada do solo. “Se for constatado uma contaminação posterior à construção,
o Estado terá que mover todas as pessoas, arcar com todo o custo”, lembra.
Luiz Paulo Corrêa adverte que
Manguinhos “tem tido um comportamento tributário extremamente reprovável”. A
companhia deve ao Estado mais de R$ 600 milhões de ICMS. Por sua vez,
lembra que cerca de 1000 pessoas trabalham na refinaria e que, por se tratar de
uma área contaminada, “a construção de um empreendimento imobiliário não pode
ser tomada de forma intempestiva”.
“Será que essa é a área mais adequada? É claro que
na desapropriação o governador vai querer descontar o que devem ao estado. Se
vai levar 5, 8 anos para despoluir, merece uma reflexão tanto no campo político
como técnico. Não deve ser feito com o calor do momento”, afirma o deputado
estadual tucano.
O engenheiro bate na mesma tecla: “Fazer um
levantamento ao longo dos anos é uma coisa razoável. Tomar a decisão antes de
ter feito qualquer analise, tirar a empresa, me parece precipitado”, conclui.
Assembleia do Rio aprova Comissão Estadual da
Verdade
O projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador Sérgio Cabral
O projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador Sérgio Cabral
São Paulo – Depois de um ano de tramitação e sete
adiamentos, foi aprovada ontem (17) pela Assembleia Legislativa do Estado do
Rio de Janeiro, por 49 votos a 2, projeto de lei que cria a Comissão Estadual
da Verdade. O projeto ainda tem de passar pelo governador Sérgio Cabral, que
terá 15 dias para para sancioná-lo ou não.
O texto tem autoria dos deputados Gilberto Palmares
(PT), Graça Matos (PMDB), Luiz Paulo (PSDB) e Paulo Ramos
(PDT). O objetivo é dar apoio aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade
(CNV) e investigar as violações de direitos humanos praticados por agentes do
estado do Rio no período da ditadura (1964-85).
Se a lei for sancionada, a comissão terá seus sete
membros nomeados pelo governador. O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP),
filho do deputado federal e capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro
(PP-RJ), e o deputado Édino Fonseca (PEN) votaram contra o projeto. Como
sustentação de seu voto, Bolsonaro citou casos de vítimas civis e militares da
atuação de guerrilheiros de esquerda durante o regime.(Por: Redação da Rede Brasil Atual) http://www.redebrasilatual.com.br/
OAB: RJ foi o centro da repressão política durante
a ditadura
O presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ),
Wadih Damous, afirmou que o Estado foi o centro da repressão política no Brasil
durante a ditadura militar no Brasil, e que as atrocidades e barbaridades
ocorridas na época precisam ser reveladas ao povo. A declaração, feita por meio
de nota nesta quinta-feira, foi impulsionada pela aprovação da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), por 49 votos a dois, da criação de uma
Comissão da Verdade regional. O grupo, similar ao criado pelo governo federal,
dará apoio às investigações de nível nacional.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPqrIqc93M6Fne_210a0oyV-aNxPK0EUBfYRtlVgTkF3efcW-5vAE5XGVgOKWJCZi6nlYKq5XYp5uMFwhe_fpOtHP5HP-ABbhJwji4yTGEk4rb0uU5RD0FA0SCv_hV9Azdbb8KtPV2y9to/s1600/lpaulo_rw_12_06_12_new.jpg)
"O Rio de Janeiro sai de uma posição
vergonhosa para uma posição honrosa por ter aprovado esse projeto de lei",
disse Damous, que reconheceu que a medida foi "adotada com atraso",
mas que, no entanto, "merece aplausos de toda a sociedade". O
presidente da OAB-RJ ainda ressaltou que com a criação, o Rio de Janeiro se
junta a São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e outros Estados que já
criaram as suas comissões.
"Alguém já disse, de forma muito feliz, que
aqueles que se recusam a recuperar, a relembrar, a jogar luz sobre o passado
correm o seríssimo risco de repeti-lo. Considero importante a Comissão da
Verdade, até para que não se repitam os sequestros, as torturas infames que
ocorreram no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro", disse o deputado
Gilberto Palmares, que explicou que a composição do grupo e sua possível
remuneração estão entre as características a serem definidas pelo governo do
Estado. (Terra Notícias)
RIO JMJ
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