Rio de Janeiro Cidade Maravilhosa

Deus te Abençõe



sexta-feira, 2 de março de 2012

Projeto do governo do Estado para a linha 4 do Metrô “é imprestável”

Luiz Paulo, contrário ao novo traçado da Linha 4, participa de audiência pública

A primeira audiência pública foi na Rocinha. Esconderam a audiência pública na Rocinha para ver se as associações de moradores não iriam, porque no trecho da Rocinha, isto é, de São Conrado à Barra, não há questionamento algum - é a própria Linha 4. O questionamento é quando atravessa o maciço do Túnel Dois Irmãos - Leblon e Ipanema versus Jardim Botânico e Humaitá. Mas mesmo assim, mais de 200 pessoas estiveram na primeira audiência pública, e eu também estava lá. E as críticas em relação às soluções que o Governo está apresentando foram imensas. Isso obrigou que ele s fizessem uma segunda audiência pública, que foi ontem, no Leblon, na Escola André Maurois, no cruzamento da Visconde de Albuquerque com a Bartolomeu Mitre.

Aconteceu na noite de ontem (27), a segunda audiência pública sobre a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, no bairro do Leblon. Como na reunião anterior, o governo, por intermédio do secretário-chefe da Casa Civil Regis Fichtner, do secretário de transportes, Julio Lopes, e do subsecretário de Transportes, Sebastião Rodrigues, tentou, sem sucesso, elucidar as dúvidas dos presentes acerca da obra.

De acordo com o deputado Luiz Paulo, que é engenheiro, o traçado apresentado não é o licitado em 1998, logo, é ilegal. Além disso, se mostrou totalmente contrário ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) sobre o traçado, que ele considera “pseudo linha 4”. O Ministério Público Estadual presente, baseado no relatório do seu grupo técnico, encerra a fala dizendo que o projeto do Governo era imprestável, com o que o deputado Luiz Paulo concordou.
Segundo um economista, que deu parecer sobre o cotejo entre a solução Ipanema/Leblon versus a solução Gávea/Jardim Botânico: “Ora, Ipanema e Leblon recolhem mais ICMS e ISS que Humaitá e Jardim Botânico, razão pela qual o traçado tem que ser por Ipanema e Leblon.” Para Luiz Paulo, “sob o ponto de vista urbanístico, de linha de desejo, de consulta às comunidades, sob o ponto de vista social, chega a ser quase uma brincadeira. Partindo desse pressuposto, os investimentos sempre seriam no local que mais arrecadasse.”
E o Plano Diretor da cidade do Rio de Janeiro? Ipanema e Leblon - usando um termo que poucos conhecem - são bairros apacados, isto é, bairros sob a égide das APACs, tombados. O Plano Diretor propõe que esses bairros não mais crescessem, ficassem estabilizados, só com renovação urbana. Mas é exatamente ali o traçado, para que esses bairros transformem sua vocação residencial para vocação comercial, facilitando a especulação e a queda da qualidade de vida. Este foi um início funesto para a audiência pública.
Em seguida, o consultor de transportes que faz as análises de demanda fala o seguinte: “É fora do escopo, mas eu também fiz a análise de demanda para as estações Glória e Central do Brasil”, como se fosse possível analisar uma linha única de metrô sem estudar o impacto da demanda na linha como um todo.
A audiência pública mostrou uma fragilidade do Governo em apresentar uma proposta consistente. Parece com uma colcha de retalhos que não fechava entre si. Faltam coordenação e um projeto que fosse coeso.
Em audiência pública não há nunca unanimidade, mas a parte, o empreendedor, que nesse caso é o Governo do Estado, tinha que ter muito mais firmeza e coerência para fazer a sua defesa. E por que não consegue ter? Porque começou errado. Primeiro, o Governo do Estado viabilizou o negócio: tem que fazer a Linha 4 por Ipanema e Leblon para que contemple todos os interesses das empreiteiras envolvidas, inclusive das que ali estão desde que foram vencedoras da concessão da Linha 4 original, daquelas que precisam trabalhar nesse trecho novo e da detentora da concessão da Linha 1. Conciliaram os interesses econômicos para depois definir as demandas e o traçado. Não pode dar certo, vai haver sempre contradições.
Ainda se reivindicou uma terceira audiência pública para que o Governo tente responder às perguntas mais gritantes que as diversas associações de moradores desejam ver respondidas. A Ceca vai deliberar se haverá terceira audiência pública ou não, mas todos que ali foram saíram profundamente inseguros. Fazer um metrô sob a areia, nas proximidades de tantos prédios, com um projeto que não guarda coerência, que não dá segurança ao cidadão é muito difícil.
O que fala o cidadão da Zona Sul? Ele diz o seguinte: “Hoje, para pegar o metrô, eu já ando igual a sardinha em lata. Se esse metrô já vier lotado da Barra, eu não entro mais nele!”
Nas duas audiências públicas, não havia um representante da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, como se o metrô estivesse para ser construído ou em Saturno ou em Júpiter, e não na Cidade do Rio de Janeiro. O Prefeito Eduardo Paes está copiando o comportamento do Governador Sérgio Cabral. Quando há uma confusão no Estado do Rio de Janeiro, qual o comportamento do Governador? Ele finge que não é aqui, que o problema é em outro lugar.
                                                     TODOS CONTRA A DENGUE
 GABINETE
Alerj Palácio Tiradentes – (Liderança PSDB) Anexo - Gabinete: 402 - 4º Andar
Rua Dom Manuel, s/n° - Centro – RJ - Tels: (021) 2588-1448 / 9996-3864
Abraços e Fiquem Todos na Paz de Cristo









Nenhum comentário:

Postar um comentário