Blogueira cubana visita Copacabana e o Pão de Açúcar, no
Rio de Janeiro
Sem manifestações hostis, Yoani posou para foto com dezenas de
pessoas.
Do Brasil, ela elogiou a liberdade, palavra que considera 'proibida'
em Cuba.
A blogueira cubana tomou água de coco em um quiosque na altura da rua Santa Clara, em Copacabana.
"Deliciosa", disse. Ali, Yoani encontrou-se com outros políticos do
Rio de Janeiro de oposição ao governo federal, como os deputados estaduais Luiz
Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e Aspásia Camargo (PV), com quem conversou sobre
educação em espanhol.
"Desde a queda da União Soviética [que financiava boa parte
do aparato estatal cubano] nossa educação caiu muito de qualidade; o que
acontece é que não há um instituto independente do governo para avaliar a
qualidade da educação e eu não creio realmente nos dados, que são todos
oficiais.
Outro problema é a ideologização da educação que é muito
pesada", afirmou.
A blogueira, também filóloga e jornalista, se disse, porém, "esperançosa". "Parte da pressão do que fazemos [pelo uso da internet] é para podermos ter, quem sabe, um meio de imprensa livre, independente"
Yoani frizou que seu blog não é mais bloqueado em Cuba, "como foi de 2008 a 2011", mas que o governo monitora tudo e que donos de estabelecimentos onde seu blog é acessado sofrem represálias, como perder lcienças e acesso à internet por determinados períodos.
Na Avenida Atlântica, em Copacabana, Yoani foi cumprimentada e recebeu o apoio de cerca de 20 pessoas, durante cerca de 20 minutos.
Entre os cumprimentos, o de um senhor que pediu "desculpas em nome do povo brasileiro pelo absurdo da violência que cometeram [contra a blogueira]", referindo-se às hostilidades de militantes em Pernambuco, Bahia e São Paulo.
Somente uma mulher gritou "volta para Cuba". A blogueira seguiu para o Pão de Açúcar.
Yoani foi recepcionada
no aeroporto por Otavio Leite (PSDB-RJ), que já havia estado com a blogueira na
Câmara dos Deputados, em Brasília.
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