O deputado Luiz Paulo se indignou com uma matéria
jornalística, que mostrava o Hospital Rocha Faria na Zona Oeste. Havia apenas
uma médica atendendo. Estressada, fez um desabafo, mesmo sabendo que seria
punida.
“A médica de plantão surtou em função de estar absolutamente
solitária, atendendo a todos e não conseguindo dar conta do recado. Ela deu uma
entrevista absolutamente chocante, dizendo que seria punida, mas que a saúde
estava zerada e as pessoas estavam morrendo. E ela, diabética e tendo pressão
alta, estava a ponto de explodir, porque não conseguia aguentar tanta demanda
estando ali solitária e, depois, a reportagem mostra a calamidade de dezenas de
pessoas sem conseguir atendimento – isto no Hospital Rocha Faria, em Campo
Grande. (…) duas questões me vieram à mente. A médica, claramente, diz que, ali
perto do Rocha Faria, tem o Hospital Pedro II, que o Estado passou para a
gestão do Município – o Hospital Rocha Faria é gestão do Estado, do Governador
Sérgio Cabral e do Secretário Sérgio Cortes -, e continua sem dar o atendimento
desejado.”
Ao mesmo tempo, aparece uma matéria veiculada em
jornais sobre “Urgência e Emergência: uma nova saúde”. A publicidade custou uma
fortuna, e foi paga com o dinheiro do Município, enquanto o Hospital Pedro II
continua sem leitos, o Rocha Faria sem condições de atender à demanda, e
pessoas morrendo.
“Dançando e comemorando, o quê? O que está acontecendo
no Rocha Faria? A imagem é chocante e o contraditório, inexorável. (…)
Chega a ser cinismo o Prefeito de um município, o Sr.
Eduardo Paes, gastar isso tudo em publicidade para vender à população a falsa
informação de que a Saúde está funcionando. Esta matéria também, Sr.
Presidente, não fui eu quem colocou no jornal, foi o Município do Rio de
Janeiro, e a pagou com dinheiro público. Estamos só mostrando a realidade do
noticiário.”
Luiz Paulo ainda lembra que na CPMI no Congresso
Nacional, uma pessoa chave tem que ser convocada para esclarecimentos e
certamente, a partir deste depoimento, outras pessoas poderão ser chamadas e
talvez o quebra- cabeça seja desvendado.
“Há uma pessoa-chave a ser convocada pela CPMI do
Congresso Nacional: o dono da Delta, o Sr. Fernando Cavendish. Se ele for
convocado, levanto a hipótese de que alguns Ministros de Estado, alguns
Governadores, alguns Prefeitos, muitos Secretários de Estado e alguns
parlamentares poderão também ser arrolados para estar naquela CPI, porque 98%
dos contratos da Delta foram firmados com o Governo Federal, 3,5 bilhões, com o
Governo do Estado do Rio de Janeiro, 1,5 bilhão, com outros estados e com
dezenas de Prefeituras. Essa é uma pessoa-chave.”
“Hoje também tenho absoluta convicção de que a quebra
do sigilo nacional da Delta vai revelar, neste nosso País, dados muitos
interessantes que não estão nas gravações e que poderão envolver quiçá alguns
Ministros, Governadores, Prefeitos, Secretários de Estado e parlamentares. Toco
neste tema porque o assunto está muito pouco explorado.”
“O gerente regional da Delta pode ser convocado. O
sigilo nacional foi quebrado, mas a Delta tem um dono, é o Sr. Fernando
Cavendish. É necessário também observar a sociedade e os partidos políticos,
com a sua dubiedade e timidez, especialmente como têm se comportado o Partido
dos Trabalhadores, o PMDB e até alguns setores do próprio PSDB. Estão
vacilantes! Ficam querendo reinventar a roda em vez de encarar a verdade.
Encara a verdade quem não deve, não teme e não treme: vai e explica. Por que o
medo de explicar? Não deve haver.”
Coordenador
Assessoria Católica de Fé e Política
9996-3864
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