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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Europa: casamento em declínio



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Europa: casamento em declínio - 11/11/2010
Se o casamento serve de proteção para as crianças, os bebês europeus estão correndo risco: em três bebês nascidos na Europa, em 2010, apenas dois têm os pais casados.

Ladeira abaixo
Reportagem do jornal “La Croix” [9/09/2010], assinada por Camille le Tallec, registra que um terço das crianças nascem fora do casamento, na Europa atual. No espaço de 20 anos, dobrou a tendência de nascerem filhos de pais não casados.

Estudo do Eurostat – escritório estatístico da União Europeia – publicado em 9 de setembro, informa que a tendência vem crescendo em todos os Estados membros da União, exceto a Dinamarca, onde o mesmo fenômeno já era dominante.

Para France Prioux, pesquisadora do Instituto Nacional de Estudos Demográficos, “é o sinal do declínio do casamento em toda a Europa. A influência da religião nos países cristãos está em baixa, bem como a ideia de se casar para toda a vida”. Ali onde a religião exerce maior influência, o casamento resiste melhor, comenta a pesquisadora.

Herança do comunismo ateu
Exatamente nos países do Leste e do Norte, são mais numerosos os nascimentos fora do casamento. Em 2008, mais da metade dos nascimentos foram registrados junto a casais não casados na Estônia, Suécia, Eslovênia, Bulgária e na França.

Nos países da Europa Oriental, como Bulgária e Eslovênia, que sofreram as marcas do ateísmo de Estado, o pragmatismo que se seguiu ao desmantelamento da União Soviética encorajou os nascimentos “avulsos”.

Para o pesquisador Laurent Toulemon, até o final dos anos 80, em certos países comunistas, era mais fácil conseguir um apartamento para uma mulher solteira com uma criança do que para um casal. Assim, os jovens casais “faziam” um filho, obtinham um alojamento, e só depois se casavam, explica Toulemon.

Por trás do fenômeno está igualmente a mudança geral de mentalidade e de valores, pois a coabitação passou a ser vista entre os europeus como um “estilo e vida aceitável”, sem a reprovação social de outros tempos. As exceções ficam para a Áustria e a Alemanha, onde o estatuto da criança nascida fora do casamento permanece desfavorável.

O Papa defende a família
No dia 13 de setembro, o jornal “Avvenire” destacava a atuação de Bento XVI na defesa do matrimônio cristão. O Papa vê “com preocupação a crescente tentativa de eliminar da consciência da sociedade o conceito cristão de matrimônio e de família”. Bento XVI disse estas palavras ao embaixador da Alemanha junto à Santa Sé, Walter Jünger, que recebia suas credenciais.

“O matrimônio cristão – disse o Papa – se manifesta como união duradoura de amor entre um homem e uma mulher, sempre orientada para a transmissão da vida humana”. “Outra condição do matrimônio – acrescentou – é a disposição dos cônjuges a relacionar-se mutuamente para sempre. Para isso, é necessária certa maturidade da pessoa e uma fundamental atitude existencial e social.”

“Neste sentido – disse o Papa -, a Igreja não pode aprovar iniciativas legislativas que implicam a revalorização de modelos alternativos da vida do casal e da família. Estes modelos contribuem para a fragilização dos princípios do direito natural e, portanto, para a relativização de toda a legislação e mesmo para a confusão acerca dos valores na sociedade.”

Muitos acusam a Igreja Católica de conservadora e ultrapassada. O tempo mostrará que ela não fugiu ao seu papel de consciência coletiva.

Fonte: O Lutador
Local:Belo Horizonte Inserida por: Administrado

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