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sábado, 16 de abril de 2011

Unidos pela paz, em tempos de esperança

Cerca de 3 mil pessoas se reuniram, na manhã desta quarta-feira, 13 de abril, ao redor do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, para a Missa de 7º dia em intenção das 12 crianças mortas na Escola Municipal Tasso da Silveira no último dia 7, em Realengo. Autoridades religiosas, civis e militares estiveram em oração, para um autêntico testemunho de solidariedade às famílias das vítimas e aos alunos e professores envolvidos no drama. — Eu gostaria que essa manifestação religiosa fosse a que marcasse a visão da escola daqui pra frente: visão de confiança e de esperança, desejou o Arcebispo. Ao dar ênfase à beleza e à solidariedade do povo carioca, a Celebração Eucarística foi um marco para destacar os traços de fé que fazem parte dos moradores do Rio de Janeiro e do Brasil, que acreditam e lutam pela paz.

— O que assistimos aqui, nesses dias, não representa o que somos. Não expressa o que carregamos no coração. Não significa o muito que sonhamos. (...) Somos gente de esperança e de paz, explicou o texto de abertura lido pelo ator Milton Gonçalves. Entre essa gente de esperança e paz, pessoas de fé, de diferentes pontos da cidade, quiseram se fazer presentes. Desde antes das 8h, paroquianos de diversas comunidades da Arquidiocese do Rio já estavam reunidos em oração no local preparado para a Missa. Muitos não conheciam as vítimas. O intuito dos seus corações era o de apenas prestar solidariedade, conforme o apelo do Arcebispo a todas as paróquias, no último final de semana.


Herói, aclamado pelo povo Durante o encontro interreligioso, o segundo sargento da Polícia Militar, Márcio Alves, por ter ganho o coração da comunidade local, por alguns instantes roubou a cena. Assim que apareceu, foi logo identificado, aplaudido e aclamado como herói pelo povo. Apesar dos gritos de agradecimento, que puderam ser ouvidos, o policial demonstrou simplicidade e, emocionado, fez dois apelos. — A melhor premiação que eu tenho é esta: o reconhecimento de vocês, da comunidade, das autoridades. (...)Não abandonem essa escola! Não façam isso!(...) E não percam a confiança na polícia, no corpo policial. Eles estão aqui para servi-los, como eu servi, explicou. Mais uma expressão popular pôde, então, ser ouvida: — Obrigado, porque se não fosse você talvez minha filha também tivesse morrido! A aluna do 8º ano Tayara Dantas de Oliveira, de 14 anos, que estava presente na Escola quando tudo aconteceu, também parece concordar com essa manifestação popular. Ela fez questão de reconhecer o mérito de quem a salvou e de prestigiar a palavra de quem se arriscou pela vida de tantos.

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